O que é metaverso: saiba tudo sobre essa tendência do mundo virtual
O metaverso promete conectar o mundo físico ao digital, mas como isso vai acontecer na prática? Neste conteúdo você vai entender a realidade dessa tecnologia e como ela vai fazer parte do futuro da nossa sociedade.
Para quem se interessa por tecnologia, um termo específico se tornou muito popular nos últimos anos: metaverso. Embora pareça uma realidade distante, já existem várias iniciativas que provam ser possível conectar o mundo físico ao digital.
Ao mesmo tempo, também são muitos os desafios para que o metaverso não seja apenas mais um projeto promissor que não deu certo. O que acha, então, de tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto?
Continue a leitura e saiba mais sobre o metaverso!
O que é metaverso?
O metaverso é um espaço virtual em que as fronteiras entre o mundo real e virtual se conectam, permitindo experiências imersivas e colaborativas. A ideia é que as pessoas possam interagir, criar e explorar em um ambiente tridimensional, levando tarefas e ações do ambiente físico para o digital.
A partir de uma série de tecnologias, como realidade virtual e realidade aumentada, é possível tornar esse cenário real. Na prática, é possível criar uma série de oportunidades inovadoras para jogos, entretenimento, educação, trabalho e comércio.
No metaverso, os usuários podem criar avatares personalizados, socializar com outras pessoas, participar de eventos ao vivo, construir objetos virtuais e até mesmo ganhar dinheiro por meio de atividades online, abrindo novas possibilidades para empreendedores, criadores de conteúdo e streamers.
À medida que o metaverso se desenvolve, seu impacto na sociedade e na economia se torna cada vez mais evidente. Ao mesmo tempo, também surgem desafios, como questões de privacidade, segurança e regulamentação, além de formas mais práticas de tornar o metaverso parte do futuro da sociedade.
Qual a origem do metaverso?
A origem do metaverso remonta às sementes plantadas na cultura digital décadas atrás. O termo "metaverso" foi popularizado por Neal Stephenson em seu livro de ficção científica "Snow Crash", lançado em 1992, mas as raízes desse conceito remontam a ideias mais antigas.
Nos anos 80, surgiram os primeiros esforços para criar mundos virtuais compartilhados. Um marco notável foi o "Habitat", desenvolvido pela Lucasfilm Games, que permitia a interação de usuários em um ambiente digital compartilhado. Esse projeto pioneiro estabeleceu as bases para a concepção do metaverso.
No entanto, foi apenas em 2003 que o mundo viu a primeira encarnação do metaverso com o lançamento do "Second Life". Essa plataforma permitia aos usuários explorar um vasto mundo virtual, interagir uns com os outros e até mesmo criar e vender produtos virtuais.
Jogos online, como World of Warcraft, também contribuíram para a evolução do conceito de metaverso, oferecendo mundos virtuais onde os jogadores podiam explorar, colaborar e competir. Agora, o desafio passou a se tornar como fazer com que esse ambiente saísse do campo dos jogos.
E isso foi possível com a popularização de tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada e gráficos 3D de alta qualidade. Grandes empresas de tecnologia, como a Meta, investiram bilhões de dólares na construção de ambientes virtuais sociais e interconectados pensando nesse futuro.
O que é o metaverso da Meta?
Por falar na Meta, a empresa investiu para criar um espaço virtual socialmente conectado e expansivo. A ideia é criar uma plataforma social que vá além das limitações das redes sociais tradicionais e, assim, oferecer oportunidades para que as pessoas trabalhem, explorem, joguem e aprendam nesse ambiente.
Como funciona o metaverso?
Na prática, funciona da seguinte forma: os usuários podem criar avatares personalizados que representam sua presença no metaverso. Esses avatares permitem que as pessoas se movam e interajam no ambiente virtual, assim como fariam no mundo real.
Por exemplo, podem socializar com outras pessoas, participar de eventos ao vivo, explorar paisagens digitais ou até mesmo construir objetos virtuais. Além disso, o metaverso é uma plataforma altamente colaborativa. As pessoas podem trabalhar juntas em projetos ou até realizar reuniões virtuais.
Um exemplo prático é a indústria de jogos. Plataformas como Roblox permitem que os jogadores criem seus próprios jogos dentro do metaverso, compartilhem uns com os outros e até mesmo ganhem dinheiro a partir das suas criações, estimulando outras pessoas a participarem dessas experiências.
Quais tecnologias envolvem o metaverso?
Como falamos mais acima, são várias tecnologias cada vez mais populares que tornaram possível a criação de um metaverso funcional.
Realidade virtual
Tudo começa com a realidade virtual, que permite que os usuários mergulhem em ambientes digitais totalmente imersivos. Utilizando óculos de RV, os usuários podem ver e interagir com o ambiente virtual como se estivessem fisicamente presentes, criando essa experiência única.
Realidade aumentada
Outra tecnologia revolucionária é a realidade aumentada, que mistura elementos do mundo real com o ambiente virtual, sobrepondo informações digitais a objetos do mundo real, contribuindo para a criação de experiências interativas onde os usuários podem ver objetos virtuais em seu ambiente físico.
Gráficos 3D de alta qualidade
Apesar de não parecer tão inovador, o metaverso só existe por conta dos gráficos 3D em alta qualidade. Afinal, são eles que garantem que os objetos, paisagens e avatares tenham uma aparência convincente, tornando a experiência mais imersiva e agradável.
Redes de alta velocidade
Se você quer replicar o ambiente real no universo digital, a velocidade é essencial e, por isso, a conectividade a partir das redes de alta velocidade possibilitam as interações suaves, sem travamentos e em tempo real. Assim, os usuários podem ser comunicar e trocar informações sem qualquer tipo de atraso.
Inteligência Artificial (IA)
Aos poucos, a Inteligência Artificial também vai ganhando um espaço relevante no metaverso, especialmente para criação de personagens que interagem com os usuários e oferecem suporte, o que pode ser utilizado por empresas presentes no metaverso para, por exemplo, prestar atendimento aos seus clientes.
Criptomoeda e metaverso: qual a relação?
O metaverso também está conectado ao universo das criptomoedas, mas como isso funciona na prática?
Tokens Não Fungíveis (NFTs)
Os NFTs são ativos digitais exclusivos que representam a propriedade de itens virtuais no metaverso. Isso inclui obras de arte digital, skins de jogos, propriedades virtuais e muito mais.
E como os NFTs são registrados em blockchains, como o Ethereum, esse processo garante a autenticidade e a proveniência desses ativos. Eles permitem que os criadores e artistas vendam suas criações diretamente para os compradores, sem intermediários.
Na prática, um artista pode criar uma obra de arte digital e convertê-la em um NFT. Um colecionador pode, então, comprar esse NFT, obtendo a propriedade da obra digital. Isso cria um mercado de arte digital em crescimento no metaverso, mas o mesmo valeria para uma propriedade sendo vendida ali.
Economia virtual
Criptomoedas, como o Ethereum e o bitcoin, são amplamente aceitas como forma de pagamento no metaverso. Na prática, isso permite transações seguras e instantâneas para a compra de itens virtuais, propriedades e serviços dentro do ambiente virtual.
Além disso, a tokenização de ativos reais, como propriedades físicas, está se tornando uma realidade no metaverso. Em jogos como Decentraland, os usuários podem comprar terras virtuais usando criptomoedas e, posteriormente, construir e vender propriedades dentro do metaverso, criando uma economia virtual.
Micropagamentos e recompensas
As criptomoedas também viabilizam micropagamentos e recompensas dentro do metaverso. Ou seja, os criadores de conteúdo podem receber pequenos valores diretamente dos seus seguidores, incentivando a produção de conteúdo de alta qualidade, assim como um streamer recebe doações.
Além disso, recompensas em criptomoedas são usadas em jogos para premiar conquistas e incentivar a participação ativa. Em plataformas de streaming ao vivo dentro do metaverso, espectadores podem enviar pequenos valores em criptomoedas como forma de apoiar seus criadores de conteúdo favoritos.
Mercados virtuais descentralizados
O metaverso também está estimulando o surgimento de mercados virtuais descentralizados, onde os usuários podem comprar, vender e trocar itens virtuais usando criptomoedas. Um caminho que elimina a necessidade de intermediários e permite que os usuários tenham controle direto sobre suas transações.
Em jogos como Axie Infinity, os jogadores podem comprar, criar e comercializar criaturas virtuais chamadas "Axies" em um mercado descentralizado, usando criptomoedas como forma de pagamento para se desenvolverem no metaverso.
Metaverso aplicado ao universo do games
Muitos dos exemplos no tópico anterior têm a ver com o universo dos games, certo? Mas como isso acontece na prática? Um exemplo é o jogo Fortnite, que transcendeu os limites tradicionais dos games para se tornar uma plataforma de entretenimento em constante evolução.
Nesse ambiente, os jogadores podem não apenas competir em batalhas emocionantes, mas também participar de eventos ao vivo, assistir a shows de artistas famosos e até mesmo criar e compartilhar conteúdos dentro do jogo.
Ou seja, em vez de se limitarem as experiências de jogo, o metaverso abre uma série de oportunidades para os usuários. Afinal, são ambientes virtuais que permitem que os jogadores se movam livremente, interajam uns com os outros e participem de eventos ao vivo.
Quais os desafios do metaverso?
Apesar do potencial revolucionário, o metaverso enfrenta uma série de desafios que precisam ser superados para que possa se tornar uma parte integral do futuro da sociedade.
Privacidade dos usuários
A privacidade dos usuários é um fator crítico, uma vez que informações pessoais podem ser facilmente compartilhadas em um ambiente virtual. Manter o controle sobre os dados pessoais e garantir que eles não sejam explorados indevidamente é um desafio contínuo.
Regulamentação
À medida que o metaverso se expande, os governos ao redor do mundo estão considerando como regulamentar esses ambientes digitais. Questões sobre impostos, propriedade virtual e direitos dos usuários precisam ser abordadas de maneira equilibrada.
Inclusão digital
Para que o metaverso seja verdadeiramente transformador, é essencial garantir que o acesso à tecnologia e à conectividade seja amplamente disponível. Evitar a criação de uma divisão digital mais profunda é um desafio importante.
Desafios técnicos
Desenvolver e manter ambientes virtuais expansivos requer tecnologias avançadas, como processamento em nuvem, redes de alta velocidade e gráficos 3D de alta qualidade. Sendo assim, é necessário garantir que essas tecnologias estejam acessíveis e escaláveis, um desafio técnico significativo.
Ao longo deste conteúdo, mostramos como o metaverso e criptomoedas trabalham juntos, certo? E um exemplo de como é possível criar uma economia digital a partir dessa combinação já colocada em prática com a IOXtream, que permite que os usuários façam doações para streamers usando cripto!