O que é bitcoin? Conheça uma das principais criptomoedas do mercado

Por IOXtream 01/11/2023

O que é bitcoin? Essa é uma criptomoeda conhecida no mundo por ser a primeira utilizada em uma transação feita via tecnologia blockchain. Entender os motivos que levaram ao surgimento desse ativo é o primeiro passo para descobrir os benefícios de um dos ativos mais revolucionários do sistema financeiro

O bitcoin é a criptomoeda mais conhecida do mercado, mas para entender como funciona esse ativo, é preciso conhecer mais sobre a sua história, a tecnologia blockchain e até mesmo os mecanismos que garantem a descentralização de todas as transações. 

Continue a leitura para descobrir o que é bitcoin e como ela funciona!

O que é bitcoin?

Bitcoin é a primeira criptomoeda descentralizada do mundo que funciona a partir da tecnologia blockchain. O seu principal objetivo é possibilitar que as pessoas possam realizar transações financeiras, sem nenhum intermediário, proporcionando mais autonomia e privacidade aos usuários. 

Enquanto uma moeda tradicional, como o dólar ou o real, têm seus valores impactados, por exemplo, por políticas econômicas, o bitcoin foi desenvolvido a partir de uma lógica — você vai entender mais sobre isso no próximo tópico — que impeça que isso aconteça, tornando o ativo deflacionário. 

Desenvolvido em 2009, o bitcoin pode ser utilizado para transações entre usuários, para a compra de produtos e serviços ou como ativo de investimento. E o que torna esse ativo tão seguro são os algoritmos criptográficos complexos, que deixam a criptomoeda impossível de ser fraudada. 

Com a transformação digital, esse ativo tem se tornado cada vez mais popular e, segundo dados da Receita Federal, o total de brasileiros que têm o bitcoin já ultrapassou os 4 milhões. O mesmo levantamento também indica que o número de empresas no Brasil com esse ativo chegou aos 90 mil.

Quem criou e quando surgiu o bitcoin?

Uma das razões para o surgimento do bitcoin foi o período de instabilidade financeira global, resultado da crise econômica nos Estados Unidos. Nesse contexto, em que mais pessoas desconfiavam das instituições bancárias, Satoshi Nakamoto divulgou um documento detalhando esse ativo. 

Mas quem é Satoshi Nakamoto? Ninguém sabe ao certo, nem mesmo se é uma pessoa ou um grupo de usuários. O que se sabe, porém, é que o pseudônimo foi o responsável pelo white paper — essa documentação que mostrava como o sistema na blockchain funcionaria sem depender de uma autoridade centralizada. 

A partir da tecnologia blockchain, basicamente um livro contábil digital em que cada bloco com registros está conectado ao outro, protegidos por meio de criptografia, o bitcoin foi lançado em janeiro de 2009, e a primeira transação envolvendo essa criptomoeda foi realizada.

O bloco Gênesis

Parte marcante da história do bitcoin está no seu lançamento: no dia 3 de janeiro de 2009, foi criado o bloco Gênesis, o primeiro que realizava uma transação descentralizada. 

E o mais curioso desse marco é a mensagem que veio escrita na criação do bloco: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks”. 

Esse era o título da capa do jornal The Times em que destacava o socorro financeiro que os bancos receberiam, reforçando a insatisfação dos criadores com o sistema financeiro no momento. 

Apesar de algumas pessoas serem associadas ao pseudônimo do criador do bitcoin, até hoje nenhuma comprovação foi feita. O mais importante, porém, é que o sistema foi desenvolvido com sucesso e, atualmente, as criptomoedas têm sido cada vez mais utilizadas.

Bitcoin é seguro?

Uma dúvida que muitas pessoas têm é se o bitcoin é, de fato, seguro. Por conta da tecnologia blockchain, em que cada bloco de informações é conectado ao que foi criado anteriormente, é impossível alterar qualquer dado sem que se altere todos os outros. 

Esse processo garante que o bitcoin seja um ativo totalmente seguro. Além disso, alguns outros fatores reforçam como a criptomoeda é segura.

Prova de Trabalho (Proof of Work)

Para adicionar um novo bloco ao blockchain, mineradores precisam resolver complexos problemas matemáticos. Esse processo, conhecido como Proof of Work, exige considerável poder computacional, tornando ataques à rede muito custosos e, portanto, desencorajando tentativas maliciosas.

Descentralização

Diferente de sistemas financeiros tradicionais, o bitcoin não depende de uma entidade central. A rede é mantida por nodes ou nós espalhados pelo mundo, dificultando ataques concentrados e eliminando pontos únicos de falha.

Criptografia de ponta

O bitcoin utiliza algoritmos criptográficos avançados. As chaves privadas, que permitem aos usuários acessar e gastar seus bitcoins, são protegidas por criptografia, tornando extremamente difícil seu acesso sem autorização.

Transparência e auditoria

Qualquer pessoa pode verificar todas as transações no blockchain do Bitcoin. Essa transparência, combinada com a natureza imutável da blockchain, permite auditorias em tempo real e reforça a confiança na rede.

Qual a diferença entre bitcoin e moedas digitais?

Muitas vezes o bitcoin é associado ao termo moeda digital, porém, ele é apenas uma das muitas versões que existem. Para começar, nem todas as moedas que são digitais utilizam a tecnologia blockchain e são descentralizadas, especialmente porque moedas fiduciárias também têm suas versões digitais.

Em resumo, as criptomoedas em geral, como bitcoin, ethereum ou cardano, fazem parte do grupo de moedas digitais, mas nem todas utilizam a blockchain para possibilitarem as suas transações. A principal diferença, portanto, é que o bitcoin é totalmente descentralizado e sem o controle de nenhuma autoridade.

Como funciona o bitcoin?

Mas, afinal de contas, como o bitcoin funciona? Com a tecnologia blockchain como base operacional, todas as suas transações são seguras e transparentes. E isso acontece porque as informações contidas na blockchain são criptografadas e interconectadas, criando uma conexão que inviabiliza qualquer ataque.

Para entender o funcionamento do bitcoin como um todo, porém, é necessário se aprofundar em dois elementos principais: a mineração e as carteiras. Os dois são complementares e permitem que a tecnologia seja utilizada na prática.

Mineração de bitcoins

A mineração é o processo pelo qual novos bitcoins são introduzidos no mercado e transações são validadas. Mineradores utilizam computadores poderosos para resolver equações matemáticas complexas. Ao resolver estas equações, um novo bloco é adicionado ao blockchain.

  • Recompensa e halving: inicialmente, a recompensa por bloco minerado era de 50 Bitcoins. No entanto, a cada 210.000 blocos minerados, esta recompensa é reduzida pela metade, fenômeno conhecido como “halving”. Esse mecanismo controla a emissão de novos Bitcoins, assegurando que a oferta máxima de 21 milhões nunca seja excedida;
  • Desafios e poder computacional: devido à crescente dificuldade das equações, a mineração requer hardware especializado e consumo intensivo de energia. Mineradores frequentemente se agrupam em “pools” para combinar poder computacional e aumentar chances de sucesso.

Carteiras virtuais (wallets)

As carteiras digitais ou “wallets” são ferramentas essenciais para qualquer usuário de Bitcoin. Elas permitem armazenar, enviar e receber Bitcoins. A seguir, abordaremos os tipos mais comuns de carteiras:

  • Online (web wallets): elas são acessadas via navegador e armazenam as chaves privadas do usuário na nuvem. Por estarem constantemente conectadas à internet, oferecem praticidade, mas podem ser vulneráveis a hacks;
  • Offline (desktop e mobile wallets): já essas carteiras são baixadas e instaladas em um PC ou smartphone. Como o nome sugere, elas não dependem de terceiros para armazenamento, aumentando a segurança. No entanto, se o dispositivo for comprometido por malware ou falhar, o usuário pode perder seus bitcoins;
  • Hardware wallets: dispositivos físicos, semelhantes a pendrives, são projetados exclusivamente para armazenar bitcoins. Eles armazenam chaves privadas offline, o que as transforma em imunes a ataques de hackers. Sempre que quiser fazer uma transação, o dispositivo precisa ser conectado a um computador.

Quantos bitcoins existem hoje?

No momento em que foi desenvolvido, Satoshi Nakamoto definiu no white paper que o máximo de bitcoins que poderiam existir era de 21 milhões. A partir do momento que você garante a escassez, isso evita que a inflação acabe impactando, por exemplo, no valor do ativo. 

Como mostramos acima, o processo para a criação dos bitcoins é a mineração e, atualmente, 90% do total do ativo já foi minerado. A partir do halving, evento que reduz pela metade a recompensa pela mineração, a expectativa é que o último bitcoin a ser criado aconteça em 2140. 

Em resumo, o bitcoin, alimentado pela tecnologia blockchain, oferece uma abordagem descentralizada para transações financeiras. O que antes era algo restrito aos nichos específicos, hoje se transformou em um ativo que está no dia a dia da sociedade de diferentes maneiras

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